| 
                   Foto:   https://g1.globo.com  
                   
                    ITAJUBÁ - MINAS GERAIS  
                  12-03-1993 
                    
                  O  caminho para Itajubá, a partir do Rio de Janeiro, é o da estrada Rio-São  Paulo.   
                    Depois de subir a serra das Araras e percorrer o altiplano que vai de Resende  (RJ) a Cruzeiro (SP), vai-se na direção da Serra da Mantiqueira. Lavrinhas e  Cruzeiro são típicas cidades do vale do Paraíba do Sul, rio que facilitou a  circulação de riquezas na era do café, concorrendo com a ferrovia. 
                    Ainda existem relíquias arquitetônicas do ciclo do café, casarios proletários  com resquícios coloniais, igrejas e usinas de açúcar. Hoje é a rodovia que  escoa a produção industrial, mas as cidades não têm mais nem o fausto nem o  dinamismo de tempos passados. 
                    A produção agrícola não teve a modernização e a mecanização de outras regiões  paulistas, talvez devido à presença de serras e ondulações. 
   
                    A Serra da Mantiqueira é um dos paraísos remanescentes da Serra do Mar, com  espessa vegetação tropical. A estrada é só curvas e descontinuam-se vales e  bosques, até a uma altitude de 1.700 metros.  
                    Do outro lado da serra está encravada a cidade mineira de Itajubá, entre  morros. Ainda guarda muito de seu estilo fim de século, mas começa a ser  descaracterizada por dúzias de novos edifícios de concreto.  
                    Do Hotel Coroados, na encosta de um dos morros, vê-se boa parte da urbe e de  seus novos edifícios comerciais e residenciais, formando muralhas verticais. 
   
                    A praça central é generosa em árvores, a igreja matriz é imponente e ainda é  possível ver relíquias como a primeira sede da Escola de Engenharia e a casa do  presidente Wenceslau Bras.  A Escola de  Engenharia, hoje federalizada, e com um campus universitário novo, foi o centro  gravitacional do progresso da cidade, aliada a uma fábrica de armamentos e a  produção agrícola.  
                    Nas duas noites que lá estivemos (1) houve tempo suficiente para longos  bate-papos e para deglutir as famosas trutas da região, ou para pratos típicos  mineiros. 
                   
                     
                     
                   
                  
                    - Com Leila Mercadante e Magnólia, do  MEC, para uma missão da FINEP, visando analisar a viabilidade do Banco de  Duplicatas da EPEI. 
 
                   
                   
                
  |